segunda-feira, agosto 16

Álvaro


Havia um homem com um barro. Este barro era sujo, era embolado, não havia utilidade para ele. O homem com o barro se chamava Álvaro. Este homem era um senhor rico, mas amava cuidar do barro, era uma satisfação pessoal, ele merecia isso. Todos os seus servos perguntavam-se o motivo de tanto empenho em um trabalho tão 'sem valor' (esqueça as aspas, não tinha valor mesmo, mas voltando...) O homem não se importava, ele amava aquilo (aquilo o que? O barro, cuidar do barro). Ele tinha um sonho para aquele barro sem valor, ele queria transformá-lo em um vaso limpo e bonito, mas ia dar muito trabalho e por mais eficiente que fosse o homem, era evidente que TAMANHA sujeira exigia um sacrifício bem maior. Então, ele se empenhou e depois que limpou o barro, começou a montar o vaso. O problema era que o vaso se quebrava MUITO facilmente, ele se quebrou várias vezes, e muitas delas quebrou-se sozinho (não me pergunte como). Álvaro não desistiu, continuou trabalhando no vaso, até que um dia ele conseguiu montá-lo. Ele ficou olhando o vaso, vendo como ele (mesmo sem enfeites, ou pintura) era lindo, era admirável. A parte mais dolorida (para o barro) já se passou, agora é a hora de enfeitá-lo. É o enfeite que diferencia o barro dos outros. São os dons que diferenciam as pessoas umas das outras. E por isso, Álvaro não se limita em gastos, ele compra o que há de melhor, porque deseja (de todo seu coração) que haja diferença entre aquele vaso e os demais, porque aquele vaso foi transformado em amor.

"Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” Jeremias 18.4-6"
Abraços bem amorosos para o Thiago Henrique: @thiagohcss

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