A volta

Todos a viram. Suas vestes estavam sujas, o rosto pálido que mostrou que ela não andava nada bem. Todos foram para a estrada quando um viajante contou ao povo que a Princesa estava suja e andava em direção a cidade.

Ela era reconhecível até por cegos, havia uma marca e um perfume que a diferenciava das demais.

O povo correu para a estrada, mas ninguém estendeu a mãos, ninguém levantou a voz para dizer o quão preocupado seu pai estava. Uma multidão de acusadores a rodearam, mas ninguém abria a boca.

A princesa se arrastava pela estrada em passos tortos e chegando perto da cidade alguém notou que havia sangue em suas vestes e não havia como não ‘fantasiar’ as milhões de coisas que poderiam ter acontecido.

Perto da praça um rapaz gritou: “Flor!”. Ela olhou em sua direção, mas não pôde ver o seu rosto, ele fora engolido pela multidão.

A filha do Rei continuou em direção ao palácio... Já havia dois anos que ela ficara estranha e meses que havia partido, primeiro o seu coração se foi, logo após ela decidiu seguir o desejo de seu próprio coração. Não sabemos o que aconteceu e o que a motivou, porém o que ninguém esperava, e da maneira que NUNCA imaginamos, ela voltou.

Havia uma promessa para ela, mas olhando-a não aparentava alguém que voltava para reinar, ela não olhou para ninguém, se virou somente para olhar o rapaz e não se virou novamente.

Chegamos perto do castelo e discussões no meio do povo começaram a ficar cada vez mais altas e de repente um choro alto e forte que mostrava pavor a quem estivesse por perto, era a Flor, a Princesa que de tão machucada não conseguia mais ficar de pé e nem eu e nem outra pessoa naquela multidão se moveu para oferecer ajuda a ela.

Eram gritos de dor e a cada passo o som do seu pranto era mais alto, a multidão espantada não emitia nenhum som.

Havia uma multidão muito maior na porta do castelo e ao levantar a cabeça a Flor se entristeceu ainda mais porque não se via ninguém que ela amava. O seu coração se despedaçou e olhando em sua volta, os olhares de seus acusadores a mandavam embora, mas ela não voltaria para a sua solidão enquanto não OS visse. Ela lembrara do lago de seu Pai, da Glória que O envolvia e do amor que Ele sem dúvida sentia por ela.

E em meio a tudo isso se ouviu uma voz gritando: “Filha!” A princesa não necessitava olhar para saber quem a chamava, o Rei correu ao seu encontro e a agarrou em Seus braços. Prantos de arrependimentos soavam do coração de Sua Flor, era uma Princesa sem honra pedindo perdão, era um arrependimento quase palpável.

A Princesa se sentiu ESPERADA, a multidão viu que a esperavam. O Rei sabia o dia que sua filha suja e ferida voltaria, ele contava com isso.

Ele a carregou nos braços e a levou para dentro de Seu castelo.

A flor voltara a pertencer ao Seu reino de amor.

Escrito e divulgado por Sand de JESUS

“Meu coração dói por Você, meu Deus

Minha alma espera por Você, meu Deus

Eu vim de longe para te encontrar aqui

Neste lugar vou aproximar

E o seu Espírito eleva-me

Às alturas mais elevadas

De onde eu não olhar para trás

Eu vou continuar confiando em Você”

Abraços beeeem fortes para Manoel Ortega, Caio Gaius (meu pai lindo) e quero dizer pra Jesus que eu morreria por Ele.